A desesperada busca do álcool — ou substâncias outras que dilaceram a vontade, desagregam a personalidade, perturbam a mente — pode ser, às vezes, inspirada por processos obsessivos, culminando sempre, porém, por obsessões infelizes, de consequências imprevisíveis. – Joanna de Ângelis
Como acontece com os vícios em geral, poucos se preocupam com aqueles que buscam incessantemente o álcool ou outras substâncias tóxicas que, na realidade, são destruidoras de corpos e de mentes, até mesmo de famílias.
Muitos familiares chegam a incentivar seus próprios irmãos a tomarem uma dose extra para simplesmente se divertirem com o comportamento dos embriagados, com suas palavras e gestos obscenos, sem um mínimo de respeito, caridade e amor pelo próximo!
Aparentemente tranquilos em festas ou reuniões de amigos, os jovens bebem ou se drogam, já que bebidas e drogas são livremente oferecidas hoje em dia aos consumidores, ora com alegria, ora com desprezo, inveja ou ódio.
Embora as consequências do vício sejam amplamente conhecidas, as drogas surgem, como por milagre nos recintos mais diversos, sendo prazerosamente aceitas em qualquer ambiente.
O pior é que as consequências de tal agressão são quase imediatas: alteração da personalidade que leva os usuários a falarem e a agirem anormalmente, apresentando, muitas vezes, impressionantes alterações fisionômicas.
É sabido que tais vícios levam ao transtorno mental e, pouco a pouco, à falência dos órgãos.
Muitos se justificam dizendo que a tendência para o vício já se encontra no DNA e responsabilizam os antepassados, usando-os como justificativa de sua própria fraqueza.
Entretanto, se analisarmos o assunto por outro ângulo, ou seja, com a profundidade dos estudiosos, veremos que, na maior parte das vezes, o vício nasce da falta de fé, de firmeza de caráter e de vontade própria de buscarmos auxilio médico e assistência espiritual.
Alguns afirmam impensadamente: “Adoro beber ou usar outra droga qualquer! Bebo porque gosto; é bom fugir um pouco da mesmice da vida! É relaxante!”. Essa é a resposta que dão, divertindo-se.
Outros se desculpam, rindo de si próprios, alheios ao triste espetáculo que oferecem a uma plateia que ignora as consequências do vício.
Pobres seres! Alguns tão sábios, tão conhecedores da necessidade de tolerância na vida material, mas tão ignorantes de seu significado espiritual, entregam-se com grande prazer aos desejos de espíritos obsessores!
Não devemos e nem podemos condenar sua ignorância, pois cada um é responsável por sua própria vida, por seus progressos e sua evolução, por seu desenvolvimento tanto intelectual quanto espiritual.
Nosso planeta não é um parque de diversões. É o local em que percorremos nossa estrada evolutiva que, longa ou curta, será amena ou pedregosa, em função das escolhas que fizermos durante nossa existência terrena.
Porque a cada um será dado segundo suas obras e merecimentos; a escolha e a opção são individuais.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77