“Quando fizeres o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade imparcial,
se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.”
Falar do Cristo, relembrando seu nascimento na humilde manjedoura ou a fuga de José e Maria para o Egito a resguardarem a sublime criança da perseguição imposta pelo rei Herodes;
exaltar o meigo adolescente a discursar entre os doutores da lei, abrindo-lhes a mente para a Verdade da qual era Divino Portador, ou encontrá-lo às margens do lago de Tiberíades a convocar os seletos pescadores pelo inesquecível “Vem e segue-Me”;
relembrar Jesus curando, ensinando e iluminando na fulgurante Galileia, ou diante de Pôncio Pilatos como Cordeiro de Deus;
emocionar-se com o caminho do Calvário e sua morte na cruz difamante é história conhecida de todos os cristãos e entre eles há os que a relatam com menor ou maior entusiasmo e emoção, sustentados pelas raízes espirituais que os ligam às passagens evangélicas.
Entretanto, seguir os passos de Jesus na gloriosa ressurreição para que a sua luz lhe resplandeça no íntimo, é decisão de cada um que aspira crescer para Deus.
Se ainda estamos no estágio de tão-somente falar sobre a majestosa presença do Cristo entre os homens, sem seguir-Lhe os passos, é imprescindível mudar a postura íntima.
“Vem e segue-Me”, disse o Mestre Jesus.
Seguir Jesus é sair de si mesmo pelo trabalho no bem comum, é orar e em todos os empreendimentos da luta diária, o Cristo deve fulgurar como ponto central de elevação e sustentação.
Se pretendemos seguir Jesus, não olvidemos a exemplificação do amor fraterno pela boa vontade e esforço individual para com o semelhante, a compreensão diante do infortúnio, o sorriso que alimenta.
Sigamos o Cristo não na retaguarda dos que vivem à sombra da ociosidade, mas lado a lado, acompanhando-Lhe os passos para não perdermos as oportunidades de fazer o bem.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996