Por amor, Deus criou o Universo e a Obra da Criação continua por toda a eternidade como fonte inesgotável do amor divino.
Por amor, Jesus atendeu à Vontade do Pai, convivendo entre homens para lhes ensinar a amar. Por amor, Maria e José empenharam-se em grandes sacrifícios para salvaguardar o Menino Jesus das atrocidades da época, preservando, assim, a mensagem que desabrocharia no seio do povo hebreu.
Por amor, os discípulos renunciaram, sofreram, humilharam-se, morreram nos circos romanos e… venceram.
Por amor, a criatura se fortalece para ajudar, crescer e vencer.
Entretanto, o amor sofre mutações mediante o grau evolutivo de cada criatura. Cada um entende e sente o amor sob determinado aspecto. Há aquele que ama com desapego e o que sufoca; há o que ajuda e aquele que prejudica o alvo do seu amor, que pode ser um filho, a esposa, um amigo.
O apego excessivo ao ser amado impede ambas as criaturas de progredir, de trilhar seus próprios caminhos.
Se por amor, Jesus tivesse permanecido junto aos apóstolos, ter-lhes-ia enfraquecido a vontade e a coragem de disseminar a Boa Nova. Apesar do intenso amor que o Mestre sentia pelos discípulos, disse-lhes: “É necessário que eu vá!”
Jesus havia lhes ensinado as verdades eternas, confiou em Seus discípulos, fortalecendo-lhes a fé e os assistia consoante seu retorno ao Pai.
Os apóstolos sofreram a separação, cada qual à sua maneira de ser e de sentir. Uns eram mais brandos na exteriorização do amor, outros, impetuosos, arrojados. Contudo, todos amavam Jesus e Jesus os amava intensamente.
Conscientizaram-se os discípulos de que os ensinamentos de Jesus estavam sedimentados, que sua excelsa figura estava moldada no íntimo de cada um, então, a separação tornou-se um ato de coragem, sobretudo, amor.
A cada minuto separa-se a criatura de alguma coisa, de alguém ou até mesmo de um pensamento. Por ser a separação uma constante, o verdadeiro amor reclama desapego.
O que seria das árvores se por amor à Natureza, o homem, a título de protegê-la, as colocasse em redomas, impedindo-lhes de receber o benefício da luz do sol, da chuva, dos ventos… Elas poderiam sobreviver; no entanto, não seriam as mesmas se pudessem crescer naturalmente e o homem também definharia por falta de oxigênio, alimento e… beleza.
O amor não prende, ao contrário, liberta, dá vida. É o desapego que ilumina, direciona e faz o homem evoluir. À medida que o homem evolui, ele deixa de amar de forma egoísta.
Aquele que mais amou deu o maior exemplo de desapego, quando do alto da cruz, olhando para sua Mãe e João, disse-lhes: “Mãe, eis aí o teu filho!” “Filho, eis aí a tua Mãe!”
Jesus doou a sua Mãe à humanidade. Não a reteve para si e João, recebendo-a, entendeu que ela não seria sua Mãe em particular, mas Mãe de muitos irmãos.
Seria ela a Mãe planetária para que a Terra tivesse mais este amparo celestial.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 7