Amar os inimigos é perdoar e pagar o mal com o bem.
– Lei de Justiça, Amor e Caridade
Para amar os inimigos não se precisa ter para com eles a mesma afeição, a mesma ternura que se pode dispensar a um irmão ou amigo.
Na realidade, amar os que nos fazem bem, não acarreta nenhum mérito, nenhum merecimento especial, porquanto faz parte do relacionamento normal dos seres humanos.
Mais do que isso, até os animais irracionais conseguem ser carinhosos e amáveis para com aqueles que os trata bem.
As coisas mudam de figura quando se depara com os chamados inimigos, na maioria das vezes, supostamente inimigos, para se ter com eles um relacionamento verdadeiramente amável.
É preciso compreender melhor o que realmente significa amar os inimigos. O que não implica em ir ao encontro deles para abraçá-los e beijá-los, mas, simplesmente, não tratá-los com rancor, ódio ou ofensas.
É tratar a todos com urbanidade, sem intenções ocultas, pronto a perdoar, pagar o mal com o bem e disposto a uma possível reconciliação, se for o caso.
Se conseguir agir dessa maneira, estará demonstrando superioridade de caráter, próprio de um espírito evoluído.
Do contrário, com sede de vingança, sem saber perdoar, vai mostrar que é um espírito inferior, incapaz de entender o que seja amar, princípio essencial à caridade.
Por outro lado, amar aqueles de quem se recebem somente benefícios, não traduz mérito ou merecimento para ninguém.
Por isso, amar os inimigos exige superioridade moral, próprio daqueles que já alcançaram elevação espiritual e capacidade para entender a máxima “amar o próximo como a si mesmo”.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 64