Os fins, sem dúvida, estão além das linhas da escolaridade.
Erguem-se como permanente etapa a culminar na razão do crescimento do indivíduo.
Joanna de Ângelis – Projeto SOS Família
Nossos filhos representam Espíritos com quem devemos voltar a conviver na presente passagem pela Terra.
Nós, os pais, somos aqueles espíritos que se comprometeram, previamente, a recebê-los na Terra, na condição de filhos e que se responsabilizaram por sua educação e pelo desenvolvimento de sua essência espiritual, ainda impregnada de vícios e atitudes negativos, decorrentes de existências passadas.
Porque, embora não nos recordemos, podemos ter participado de erros passados de nossos rebentos atuais. Isso explica porque, nesta nova existência, nos é dada a oportunidade não só de auxiliá-los a trilhar o caminho certo, como também de nos corrigirmos através deles.
Uma criança não é facilmente moldável aos caprichos dos pais. É um Espírito com bagagem sólida de conhecimentos e vontade própria, momentaneamente mergulhado, em benefício próprio, no esquecimento das vidas passadas. Com o auxilio paterno, receberá aos poucos novos ensinamentos, deixando desabrochar, ao mesmo tempo, o que está em seu inconsciente, corrigindo atitudes erradas e optando por atitudes dignas e corretas, ao interagir com o novo mundo que a cerca.
Nunca nos esqueçamos da infelicidade que pode afligir um Espírito que, ao reencarnar na esperança de melhorar, de redimir-se de seus erros e de evoluir, vê-se ligado a uma família cujos conceitos deteriorados o conduzem a novos erros.
Encaminhado aos bancos escolares para desenvolvimento de seu intelecto, é de esperar que esse Espírito encontre, pelo menos, mestres que lhe abrirão a mente e o farão raciocinar sobre o que é certo. A principal missão dos educadores é passar instrução, ao passo que a dos pais é educar.
Mas de nada adianta uma instrução imposta de forma repetitiva. Aos educadores compete observar cada educando para fazer ressaltarem, em cada aluno, suas melhores qualidades e aptidões, para ensiná-lo a pensar, a lutar por seus anseios e a corrigir o que estiver errado. É isso que se espera de um bom educador.
“Os fins, sem dúvida, estão além das linhas da escolaridade”, porque devem “culminar com o crescimento do indivíduo”, uma vez trabalhados seus aspectos tanto intelectual, quanto moral e espiritual.
Atentos a esse objetivo, os bons pais contribuirão para o desenvolvimento espiritual dos filhos através de seus próprios conhecimentos, mas, sobretudo, com amor, doando-se inteiramente à vida dos filhos, fazendo com que seu espírito possa retornar à espiritualidade, dotado de bons sentimentos, de virtudes buriladas.
Em caso de falha dos pais ou dos educadores, ainda resta a esperança de que esse espírito, amparado por seu mentor espiritual, seu Anjo protetor, vença por esforço próprio a luta abençoada, aprendendo e se aperfeiçoando, observando a conduta de todos que o cercam, mas, sobretudo, interiorizando os ensinamentos espirituais registrados no Evangelho de Jesus.
A Doutrina Espírita, além de filosófica e científica, está embasada nos ensinamentos evangélicos, explicando as oportunidades que todos os espíritos, filhos do mesmo Pai amoroso, têm em suas repetitivas reencarnações, com o objetivo único de torná-los perfeitos diante das leis da Natureza, que são as Leis de Deus.
Essa busca incessante da perfeição espiritual é que levará todo ser vivente à felicidade eterna.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77