Acautele-se com o seu desassombro para não cair em temeridade.

Os destemidos sempre foram alvo de admiração e aplauso. No entanto, quantos deles arriscaram-se inutilmente, perdendo a vida e, pior, arrastaram consigo inocentes que os seguiram.

Não tenho medo de nada, bradam como deuses intocáveis. Não raro são vítimas de desastres que lhes roubam a capacidade motora ou cerebral, transformando a sua vida e a dos seus familiares num pesadelo de dor.

Todos devemos respeito ao nosso corpo. Colocá-lo em situação de risco é desacatar a própria divindade que no-lo concedeu para que pudéssemos nos ajustar melhor às Suas leis.

A coragem sempre será reconhecida nos momentos de gravidade, que requerem espíritos intrépidos, capazes de orientar os mais tímidos, tendo por finalidade salvar-lhes de morte certa.

Porém, as brincadeiras extremamente perigosas e os esportes ditos radicais expõem os participantes a risco totalmente desnecessário.

Em vez de comprazer-se na liberação de adrenalina, por que não voltar-se para o auxílio ao próximo, que traz ao coração alegrias indescritíveis?

Há meios maravilhosos de tornar a vida tremendamente estimulante e não será às custas do nosso desassombro que conseguiremos captar-lhe as sutis nuances.

É preciso amadurecer mais rapidamente, porque, como eternas crianças necessitamos do acompanhamento de irmãos mais esclarecidos que, para o nosso bem, poderão, segundo a vontade de Deus, nos impor sansões que coíbam os futuros maus passos.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 74