Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode correr em seu auxílio, mas não pode influir

sobre ele a ponto dê subjugar-lhe a vontade. – Lei de Liberdade

Os Espíritos amigos e protetores estão perfeitamente limitados na sua tarefa de ajudar os encarnados.

A restrição começa pela vontade soberana do Criador, passando pelo livre-arbítrio e o desejo do próprio protegido.

Além disso, é preciso levar-se em conta a natureza da prova escolhida, por vezes parecendo desumana e insuportável.

Se for de ordem física, não há como interferir porque ela estará sempre dentro da capacidade de realização do encarnado.

Qualquer que seja o projeto, não há como se livrar do trabalho, do esforço incomum, da ação contínua em busca dos objetivos colimados.

A fatalidade está restrita tão somente ao teor da prova escolhida. Os esforços necessários para vencê-la são absolutamente decorrentes.

Esse trabalho pode custar muito cansaço, mãos calejadas, correrias desenfreadas provocadas por acontecimentos imprevistos, mas nada que esteja fora de sua capacidade de realização.

Por outro lado, se for de ordem moral, intuitivamente poderá ser ajudado por seus guias e protetores. Pelo seu livre-arbítrio, poderá aceitar ou simplesmente renegar o auxílio.

Por isso, a ação do Espírito protetor é limitada e mesmo que tenha muita força, prevalece sempre o livre-arbítrio e a vontade do encarnado.

Cabe, portanto, ao encarnado, estar mais ligado a Deus, seja por intuição dos amigos espirituais, seja através das preces, para que o seu progresso moral não seja prejudicado pelas forças da tentação ou pela sua própria incúria.

Mesmo que seja para ajudar, a nenhum Espírito é dado o poder de subjugar a vontade daquele que está sob a sua proteção.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 63