“A única autoridade legítima aos olhos de Deus é a que se apoia no bom exemplo.”
(E.S.E.- cap. X)
A autoridade no mundo esteve, desde sempre, alicerçada na violência e na presunção de quem é colocado numa posição de mando.
Assim, o homem se esquece de que sua autoridade significa um encargo de natureza divina, com o objetivo de direcionar seus irmãos em humanidade para uma tarefa conjunta em prol da prosperidade mútua e do progresso geral.
Ele utiliza seu poder de forma arbitrária como se lhe pertencesse, violenta corações e mentes, situações e comunidades em seu próprio benefício, ficando em profundo débito com a vida, falhando em sua missão por entender que a autoridade lhe fora dada como prémio, posse individual.
Pilatos deu o exemplo da autoridade prepotente.
Jesus, porém, nos deu o exemplo da verdadeira autoridade: a autoridade moral, aquela que ultrapassa o tempo, porquanto alicerçada no bem e no amor.
Todas as outras pereceram no baú empoeirado das obras mortas.
Autoridade máxima no campo terrestre representou o Cristo, mensagem viva do amor e da verdade, sábio e prudente na sua pregação profunda e verdadeira.
Jesus era a própria luz feita palavra, o próprio amor feito presença, a própria virtude, exemplo de vida.
Ele falou aos homens cultos e ignorantes com tanta sabedoria e com tamanha presença moral que quem dele se aproximava não somente compreendia intelectualmente a suas palavras como que era possuído de uma poderosa força que o transformava profundamente. Ninguém ficava indiferente a este poder irresistível.
Autoridade não é tarefa de improvisação pautada no conhecimento da retórica sistemática e brilhante, ou na violência da astúcia e da diplomacia que subjuga por algum tempo, acrisolando o gérmen escuro da guerra e da revolta.
A autoridade verdadeira deve ser fundada no bom exemplo, nos princípios de natureza superior, legítimo poder, no amor à verdade, no conhecimento profundo dos princípios superiores, na reforma íntima.
Sem esta autoridade real, moralmente fecunda, cedo ou tarde todo poder acaba cedendo ante sua própria fraqueza, aniquilado pela ferrugem do tempo que há de significar o fim das coisas mortas, desaparecendo como pó da matéria no túmulo da transitoriedade vazia.
Irmãos, é na busca de uma reforma profunda e consciente que se adquire a verdadeira autoridade, a verdadeira força da palavra, o verdadeiro poder inconfundível a marcar de luz o caminho em que se é convidado a trilhar.
Não só em palavras, mas principalmente em atos, em exemplos, numa luta consciente contra o mal e o egoísmo que contamina o mundo, instruindo-nos, servindo e amando em nome do Senhor, mais dia, menos dia, adquiriremos a autoridade real que só uma consciência sem mácula nos pode outorgar.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 49