“A censura da conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos critica­mos.”

“A censura da conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos critica­mos.”

(E.S.E.-Cap. X)

 

Espinho cruel a ferir indistintamente é a palavra de quem censura; corro­sivo é o verbo na boca de quem relaciona defeitos; veneno perigoso é a expres­são condenatória que vibra nos lábios de quem malsina, vibração agressiva im­pregna a voz de quem censura sem vigiar sua própria intimidade, onde existe, por vezes, um mundo não imaginado a ser consertado pela censura própria.

A censura só pode ser louvável quando dela resultar um bem, mesmo assim, desde que para o esclarecimento e a repressão do mal.

Se não for com objetivos elevados, torna-se maledicência, que é uma cultura viciada, inútil, pois maldizer significa destruir.

“Aquele que estiver sem pecados atire-lhe a primeira pedra”.

Com estas palavras Jesus nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que a nós mesmos, nem condenar nos outros o que des­culpamos em nós.

Jesus não nos proibiu de reprovar o mal; Ele mesmo o fez em termos enérgicos, mas, nos disse que autoridade da censura está na razão da autori­dade moral daquele que a pronuncia.

Reprimir o mal e ajudar a dissolvê-lo é louvável, porém, censurar só para desacreditar é nuvem escura sem proveito algum.

Assim, toma os recursos da tua oração e vigia tua boca contra esta fraqueza aparentemente ingénua que é a censura da conduta alheia.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 49

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