A CADA UM UMA PROVA

 

 

Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros a miséria, para provar a cada um de uma maneira diferente.

– Lei de Igualdade

 

O planeta Terra é para os seres humanos a morada de preciosas experiências materiais, onde o espírito tem a oportunidade de se aprimorar para a vida maior.

 

Uma jornada que poderia ser representada como um caldeirão vibratório, onde se processam os elementos internos, para que a criatura possa, mais tarde, empreender voos mais altos, condições de mais vasta amplitude espiritual, no sentido de se expandir, rumo a sua realidade intrínseca, universal e cósmica, da qual, num outro estágio de evolução lhe será permitido fazer parte.

 

Por enquanto, estagiamos num mundo de provas e de expiações, limitados pela pesada névoa que a materialidade e o apego às formas nos conferem. Temos condição de agir, não obstante, dentro dessa redoma que nos permite uma liberdade muito estreita, se comparada aos grandes voos do espírito imortal que, por enquanto, nos é difícil até conceber.

 

Existe em nós o divino germe da grande expansão consciencial, a grande liberdade inata, mas nada disso tem o poder de extrapolar os limites das leis da evolução sequencial, ante as quais o tempo e a experiência representam uma condição intransponível.

 

Viver no mundo sem pertencer ao mundo, deveria ser nossa prioridade, já que precisamos criar condições mínimas para que o realinhamento de nosso ser com o Espírito se processe.

 

Consideremos a oportunidade da encarnação com otimismo e fé no porvir, sabendo que estamos fadados a um futuro de luz e progresso, em estágios cada vez maiores e mais lúcidos.

 

Por enquanto, comprometamo-nos com o propósito maior que nos permite a experiência no laboratório do mundo material, como uma grande graça concedida. E munidos de otimismo, fé e boa vontade, percorramos a nossa vida terrena, compreendendo que ela significa um projeto de experimentação para o nosso ser em evolução.

 

Sejamos os cientistas e experimentadores de nós mesmos, lançando-nos às provas que o Divino alvitre nos concede, como desbravadores de nossa condição interna e das respostas que esta condição é capaz de conceder às diferentes situações que são colocadas a nossa frente, situações que, para nosso bem e para nosso crescimento, nos são concedidas.

 

Não raro, quando defrontados por experiências rudes, como a pobreza, a dor ou a enfermidade, nos perdemos em lamentações improdutivas, e quando as facilidades, oportunidades, saúde, beleza ou riqueza, nos felicitam a marcha, facilmente nos deixamos arrastar portas a dentro dos labirintos perigosos do ego inferior. Isso tudo representa uma falta de equilíbrio íntimo, que denotaria a falta de confiança em Deus e no seu propósito de extrair de cada uma das suas criaturas, a pedra lapidada, bela e valiosa, que significa nosso grandioso espírito imortal.

 

As provas da vida, onde o espírito se aprimora e cresce, não podem ser consideradas como moradas definitivas, sejam elas embaladas nas facilidades efêmeras, ou nos farrapos da dor e do sofrimento, mas como degraus de vida e luz a caminho da plena evolução.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”

Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 63

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