Todos os homens são iguais na balança divina.
(E.S.E.- Cap. VII)
Sem buscar entender as situações onde imperam as dificuldades e as agruras da vida, o homem descarrega toda a sua ignorância ao responsabilizar o Pai Criador por suas mazelas e sofrimentos.
Será, acaso, o Criador, Pai parcial, ao criar filhos que desfrutam de facilidades em detrimento de outros?
Não busquemos, em nossa inferioridade, julgar a misericórdia divina e, sim, julguemos a nós mesmos pela irresponsabilidade, pela falta de forças íntimas para suplantar toda a sorte de dificuldades da redentora jornada na carne.
Deus, Pai de infinita sabedoria e bondade, não distribui privilégios aos filhos, mas dota-os de livre arbítrio para que possam, acima de tudo, valorizarem-se na caminhada rumo à perfeição. Por comodismo ou preguiça, alguns ficam pelas veredas da estrada, desfrutando situações enganosas, sorvendo toda sorte de impurezas, impedindo os companheiros espirituais, encarregados de seu acompanhamento, de ajudarem a transformá-las em decisões sadias e efeitos salutares no seu desenvolvimento em direção à casa do Pai.
Chega, porém, o tempo da prestação de contas da jornada, muitas vezes desperdiçada. E é nesse momento que o preguiçoso entende que o Pai deu maiores oportunidades de progresso ao seu irmão. Como infeliz perdedor, derrama-se em blasfêmias contra Deus.
O Pai, no entanto, na balança divina, é infinitamente justo para com os filhos nos deveres e obrigações.
Cabe a cada um buscar o direcionamento correto rumo às celestes moradas, pelo entendimento de que, sendo filho querido do Pai, não é portador de privilégios e sim de responsabilidades para consigo mesmo e para com os que gravitam à sua volta pelas trilhas evolutivas, ásperas ou suaves conforme estejamos ou não mergulhados no amor, na fraternidade, na humildade e na caridade, sustentado vidas como as nossas que gravitam para as esferas supremas da divina eternidade.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 48