“… esse esquecimento (do passado) só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado.”

… esse esquecimento (do passado)
só existe durante a vida corpórea.
Voltando à vida espiritual, o Espírito
reencontra a lembrança do passado.”

(E.S.E. – Cap. V)

 

Indaga o homem sobre o porquê do esquecimento de seu passado, cuja lembrança talvez o ajudasse a esclarecer muitos pontos de sua caminhada pelas dificuldades da vida.

Quanto engano em tais indagações!

A Misericórdia do Pai nos concede o esquecimento do passado, para nosso próprio benefício, pou­pando constrangimentos e aflições que nos levariam a perturbações desastrosas.

Com a certeza do reencontro com os companheiros de ontem, para saldar dí­v­idas pesadas, seria imensa a dor e o desconforto ao sabermos de nossos desencontros.

Ao renascer, o homem traz tudo aquilo que adquiriu, tendo, com o es­que­ci­mento, oportunidade de santificar a atual presença na matéria, per­doando e auxiliando a elevação dos chamados “inimigos” do passado.

As boas resoluções, ditadas pela voz da consciência, geram forças renovadas para resistir às tentações, pois, pouco a pouco, ao longo das inúmeras vi­das corpóreas, ele vai se desfazendo das imperfeições, apagando faltas, pu­ri­fi­cado a caminhada, sem sofrimentos a lamentar, mas agradecendo as dores libertadoras, pela luz da resignação e da fé raciocinada, li­vre e em paz.

Porém, retornando ao mundo espiritual, gradativamente recobra a memória do passado, levando-o ao encontro do entendimento de tudo o que passou na última vivência física, inclusive nos momentos em que, no sono material, go­zou de relativa liberdade de acesso ao passado, ele colhendo apenas lem­bran­ças imprecisas.

A Misericórdia Divina, magnânima e justa, não dá aos filhos peso maior do que possam suportar, porém exige o cumprimento da Lei.

Feliz, pois, daquele que não desperdiçar as oportunidades concedidas e plantar flores em seu ca­mi­nho, a cada passo, desejando aos semelhantes relva macia e perfumes suaves a ampará-los­ pelas estradas da existência no corpo físico, vaso santificado pela bon­dade maior do Pai e pelo amor de Jesus.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 48

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