“O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do espírito é espírito.”

(João, III: 1-12)

(E.S.E. – Cap. IV)

Esse ensinamento deixado pelo Mestre, teve por objetivo esclarecer os homens, em todos os tempos, que carne e espírito são dimensões diferentes da criação divina, ainda que um não proceda do outro.

O desenvolvimento da inteligência e o uso da razão permitiram ao homem observar a transitoriedade da carne. Ficou-lhe patente o desaparecimento da matéria corpórea no fenómeno da morte. Vinda do pó, ao pó retomava.

No entanto, quanto ao espírito, muitas dúvidas ainda assaltam-lhe a mente, apesar das infindáveis e inquestionáveis demonstrações que o Senhor, em sua magnanimidade, tem enviado para esclarecê-lo.

Quão grande seria o desconsolo, se não pudéssemos conhecer a lei do progresso e da imortalidade da alma além das fronteiras da morte física!

Atentai, meus caros irmãos, que o fato de não querer absorver essas revelações apenas prolonga o sofrimento pelo apego aos bens perecíveis. Aceitá-las, entretanto, é sustentar e fortalecer o espírito para que se encoraje na luta redentora de si mesmo.

Encarai a carne como sagrada morada da alma, oferecendo-lhe as oportunidades de aprender as lições da vida que se perpetua eternamente, além do tempo e do espaço, onde a Misericórdia Maior reina soberana, criando para o amor e para a felicidade a carne e o espírito que, passo a passo, caminham juntos para a perfeição.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 47