“Deus permite a encarnação de espíritos antipáticos ou estranhos
nas famílias com a dupla finalidade de servirem
de provas para uns e meio de progresso para outros.”
(E.S.E. – Cap. IV)
No capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo referente às “causas anteriores das aflições”, poderemos compreender essas aversões entre espíritos que reencarnam no mesmo lar, bem como “nos laços de parentesco corporal e espiritual”, encontraremos respaldo para estas situações.
A vida, enquanto encarnados, é a chance que Deus nos dá, para que tenhamos os meios de corrigir os danos causados.
Com a palavra do Evangelho, logo compreendemos: temos um só corpo material em cada encarnação, mas ela representa uma fração apenas da nossa vida espiritual. O que fizermos de mal teremos de pagar, no sentido de ressarcirmos aquele que sofreu por nossa culpa.
Então, Deus Pai, aproveitando sentimentos de família que emanam entre pai e filho, mãe e filha, procura aproximar aqueles que ontem viveram com outros corpos, em outros países ou cidades distantes e se odiaram, se vilipendiaram, sendo, assim, objeto de atraso espiritual.
Ao estagnarem, esses espíritos adquirem débitos que deverão ser saldados. Aceitando os meios que lhes foram oferecidos para sua evolução, vêm à Terra com o firme propósito de servir a Deus, trabalhando sua humildade, perseverança e egoísmo, superando, para tanto, suas antipatias e aversões aos próprios familiares.
Em contrapartida, acertaram também com Deus a sua vinda os demais familiares que habitarão o mesmo teto, revestidos de um outro corpo material, mas com o mesmo propósito: o de perdoar aqueles que foram seus antagonistas.
Nesse exercício de amor, onde o treino se dará no dia a dia, pais e filhos, marido e mulher, irmãos entre si, terão que encontrar a fórmula mágica do “Amai-vos uns aos
outros como eu vos amei…”
- “Mas, quantas vezes temos que perdoar, Mestre?” Pergunta Pedro a Jesus.
- “Eu vos digo, Pedro, perdoai setenta vezes sete vezes.”
O Mestre não dá a medida do perdão, apenas ensina a perdoar.
Aceitando desempenhar seu papel, ora de vítima, ora de algoz, o ser humano evolui com o sofrimento, sabendo que só o bem sofrer lhe dará os gozos mais sublimes e fará com que ele passe pela porta estreita da salvação.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 47