“Moisés abriu o caminho;
Jesus continuou a obra;
o Espiritismo concluirá”
(E.S.E. – Cap. I)
Na época de Moisés, predominava a ignorância. Incapazes de sentir a menor consideração para com os semelhantes, o único tipo de justiça vigente era o direito do mais forte; não poderia haver outro meio de sofrear os ímpetos brutais dos homens senão fazendo-os crer em um Deus terrível e vingativo, cujo desagrado se fazia sentir através de tempestades, erupções vulcânicas, terremotos, epidemias etc., que tanto horror lhes causavam.
Só assim Moisés pôde estabelecer ordem e leis, seguindo os Dez Mandamentos.
O povo hebreu acreditava ser Deus privilégio só de seu povo e começou a seguir suas leis, mais por temor do que por compreensão das mesmas.
Jesus veio e mudou muitos costumes, esclarecendo o povo ignorante, mostrando que só o amor, a caridade e o perdão ajudam a construir um povo melhor.
Pediu mansuetude e perdão para os inimigos.
Não foi nada fácil fazer os homens com seu orgulho odiento limitar seu desejo de vingança, e vencer seu. forte egoísmo.
Jesus trouxe-lhes uma doutrina excelsa em que Deus já não é aquele ser receoso que faz dos israelitas a porção escolhida dentre todos os povos. Pai Nosso, isto é, de todas as nações e raças.
Essas mudanças datam de quase dois milénios, sendo poucos os que as compreendem e ainda menos os que as praticam.
Jesus disse que o Pai mandaria um Consolador, o Espírito de Verdade, pois nem tudo poderia ser dito e esclarecido na época.
Ele nos ajudaria e ensinaria todas as coisas, fazendo-nos lembrar de tudo que Jesus disse e isto se aplicaria a uma doutrina que, quando assimilada, pudesse permanecer para sempre conosco ou em nós.
Essa nova doutrina é o Espiritismo porque ele, em seu. tríplice aspecto de. ciência filosofia e religião, possui condições para realizar todas as promessas do Consolador.
Ela desenvolve tudo quanto Jesus ensinava por parábolas ou linguagem velada; ajuda o homem a ter conhecimento exato de si mesmo, de onde vem, para onde vai e porque está na terra. Coisas que não puderam ser reveladas antes porque os tempos não eram chegados.
O Espiritismo veio nos revelar também que não há culpas irremissíveis nem penas eternas; que o sofrimento pode ser vencido pelo arrependimento sincero e a devida reparação dos males cometidos, por via da lei das vidas sucessivas.
Explica-nos sobre a vida nos planos espirituais e a vida corpórea, os dois modos de existência, que se alternam para realização do progresso da alma.
O Espiritismo concluirá os ensinamentos do Mestre e, marchando com o progresso, renovando-se com as novas descobertas, dificilmente será uma doutrina ultrapassada.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 47