“A dor é o lado do avesso da alegria, assim como a sombra é o reverso da luz …
mas, na economia das verdades eternas, só a alegria e a luz nunca morrem.”
Muitos até hoje indagam a respeito da finalidade da dor.
Se Deus é bondade infinita, como permite que Seus filhos sofram?
Se Deus é amor, de que modo pode ver o padecimento de Suas criaturas, sem nada fazer por elas?
Estes argumentos levaram muitos irmãos a abandonarem sua fé, optando por doutrinas materialistas em que o nada seria fatalmente o início e o fim.
Apenas a falta de esclarecimento leva tais criaturas a assim procederem, pois, numa visão estreita e imediatista tentam obter já a solução para todos os seus problemas.
Raciocine comigo, amado irmão.
Se no seio de sua família você prejudica o seu irmão, retendo ilicitamente o que lhe pertence, seu pai, homem justo, com certeza tomaria alguma providência para impedir que seu irmão fosse lesado por você.
No entanto, amando-o imensamente, não crê que ele deixaria a seu cargo a tarefa de desculpar-se e corrigir o seu erro?
Envergonhado de sua atitude, você sufocaria o seu orgulho e, num gesto altruísta, procuraria ressarcir o seu irmão, devolvendo-lhe o que lhe cabe por direito.
Você sofre com isto? Certamente, porque vê frustrada sua ambição.
Observe, no entanto, que você se propôs a tal situação porque a gerou e sentiu a necessidade de corrigi-la, caso contrário sua consciência não o deixaria ficar em paz.
Apesar do seu sofrimento você se encoraja e observa que se sente mais tranquilo.
Com este pequeno exemplo você pode aquilatar em que grau de perfeição funciona a justiça divina.
Cada um que se desvia sente um impulso irresistível de retomar o caminho correto.
Se erramos, a dor nos visita opondo-se à alegria que é o estado de espírito definitivo dos diletos filhos de Deus.
Ao errarmos, nos envolvemos em sombras, mas a divina luz brilha eternamente iluminando nossos passos, bastando que mantenhamos olhos vigilantes e coração aberto ao amor.
Sim, alegria e luz são perenes; dor e sombra são produtos de nossa incúria, mas diante da bondade de Deus Pai, a qualquer momento podemos vislumbrar a luz e sentir enorme alegria; basta que nos disponhamos a amá-Lo, saindo do avesso de nós mesmos, amando e servindo ao nosso próximo.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996
Comment(1)
Alzira Leitão says
10 de novembro de 2024 at 08:48Reconhecer nossos erros , saber pedir perdão e melhorar é um grande passo para nossa evolução terrena.