“Grande injustiça comete quem afirma encontrar no Evangelho a religião da tristeza e da amargura.”
Muitos se negam a aceitar a importância da religião, pois argumentam que a mesma destrói a liberdade do homem, entristece-o e torna este mesmo homem passivo ante os obstáculos da vida.
Não é assim. A religião é a ligação que nós temos com Deus Nosso Pai, fonte de amor, de luz, de energia. Portanto a religião é sempre algo saudável, pois nos revigora, fortalece. Entretanto, como tudo na vida, ela estabelece pontos, metas. Se queres estar com Deus, não podes amar mais o dinheiro que a teu irmão.
Existem valores em que a religião difere dos adotados pela nossa sociedade, ainda muito material.
Por isso, o religioso não dá tanta importância à roupa, ao carro, pois ele sabe que são bens efêmeros.
A nossa vida em sociedade coloca o que satisfaz os sentidos como prioridade, pois ainda temos o princípio animal muito forte.
Deus não deseja que nos enclausuremos improdutivamente. Ele quer que nos distraiamos, porém de modo comedido, já que a mente tudo deve governar.
Aquele que encontra a Deus procura não enxergar o ódio no outro, a desconfiança, o medo. Ele acredita no outro, sente-o como se fosse seu próprio filho.
Aquele que encontrou Deus é feliz e tem o semblante da serenidade, sabendo que Deus o guarda e o protege.
A religião embeleza a sua parte interna que se exterioriza através da paz, da humildade, da alegria e da simplicidade, ajudando-nos, assim, a valorizar a parte que deve imperar sobre tudo: a espiritual.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996