“Se pretendes viver retamente, não dês a César o vinagre da crítica acerba.
Ajuda-o com o teu trabalho edificante, no sadio desejo de acertar,
convicto de que ele e nós somos filhos de Deus.”
São tantos os irmãos que se queixam de estarem sozinhos na luta pelo desenvolvimento dos bens do espírito!
Vivem rodeados de criaturas que cultivam o materialismo, fazendo a apologia dos prazeres da carne. Para eles o aqui-agora é o que importa; o direito dos irmãos não é respeitado; crescem sem dignidade, pensando poder alcançar a glória a despeito do sofrimento alheio.
Tudo isso é verdade. Cheio está o nosso mundo de iniquidade e sordidez.
Reconhecemos, claro, ser difícil a vossa tarefa frente a tanto desajuste. No entanto, fostes chamados para vivenciar esta hora, porque o Senhor concebeu ser este o momento de contar com a vossa participação na elevação de vossos irmãos.
Se não conseguistes doutriná-los com as vossas palavras, cuidai para que o vosso exemplo se incumba de fazê-lo. Não vos exalteis, não critiqueis o mau uso que os vossos irmãos fazem dos talentos que Deus lhes confiou. Talvez a vossa crítica enseje, ainda com maior força, o desvio que tais irmãos pretendem fazer rumo à satisfação de seus instintos inferiores. Eles reagirão, eles dirão impropérios e vos acusarão de fanatismo.
Não vos preocupeis em colocar à tona os desajustes daqueles que ainda não tem Deus no coração. Com o vosso exemplo, com a vossa alegria, pingai gota a gota o bálsamo consolador de crença na vida eterna e na justiça divina.
Quando eles perceberem que nada é capaz de vos desequilibrar, quando puderem aquilatar a confiança que tendes na providência divina, com certeza desejarão partilhar convosco desse estado de espírito, pois verificarão quão efêmeros são os prazeres a que se dedicavam.
Se já vos evangelizastes, sabeis muito bem com que doçura Jesus envolve o vosso coração; conheceis as Suas palavras consoladoras e já provastes a paz que Ele é capaz de trazer quando O evocais para sufocar o vosso desespero.
Assim, amados irmãos, não deixeis que os cultores de César vos desarmonizem. Antes, cuidai para que eles reconheçam o erro em que estão incorrendo, pois nenhuma outra entidade merece ser tão amada e enaltecida quanto Jesus Cristo, que fez de Sua vida um cântico de amor pela humanidade inteira.
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso”
Livro “Palavras Libertadoras” – Setembro de 1996