O desligamento físico pela desencarnação faz que se recomponham, no além-túmulo, as famílias irmanadas pelo ideal da solidariedade, ensaiando os primeiros passos para a construção da imensa família universal.
– Joanna de Ângelis – Projeto SOS Família
A bênção da reencarnação concede ao Espírito que retorna à vida carnal novo corpo físico, nova família, novo lar e novas oportunidades.
Traz também o esquecimento de suas vidas passadas, condição primordial para que esse espírito possa suportar a nova existência, assimilar novos aprendizados, amar os pais que o trouxeram ao mundo e relacionar-se com outros familiares, tais como avós, irmãos e outros agregados.
Inúmeras vezes, as posições na família carnal se invertem: pais voltam como filhos e vice-versa, com o objetivo de se auxiliarem ou de resgatarem débitos de outras existências, através do amor, da compreensão, do perdão, da renúncia e da abnegação.
Quantas vezes os pais se sacrificam, no anonimato, privando-se de momentos felizes e descontraídos em beneficio dos filhos, com o fim de proporcionar a estes últimos um desenvolvimento sadio, seja intelectual, seja moral ou espiritual!
Em contrapartida, outras vezes, são os filhos que abdicam de sua liberdade, de seus objetivos e sonhos para ampararem um familiar doente ou dependente, física ou espiritualmente, de um vício.
São doações imorredouras e insubstituíveis que esses Espíritos fazem espontaneamente; para auxiliarem alguém, negam-se a dar prosseguimento, durante certo tempo, à sua própria marcha evolutiva; abandonam seres ligados ao seu coração em vidas passadas e tudo sacrificam pelo progresso de um encarnado que lhe foi confiado.
Além disso, a espiritualidade tem um plano para cada um de seus assistidos, pois tudo vê e preside; o desligamento físico pela desencarnação faz com que os espíritos reintegrem no Plano Maior sua família espiritual, aquela que faz parte de um grupo de outras famílias que, irmanadas pelo mesmo ideal de solidariedade, ensaiam “os primeiros passos para a construção da imensa família universal”.
Nota-se, por outro lado, que nem sempre as famílias constituídas na carne pertencem a um grupo de famílias com as mesmas afinidades espirituais; ocorre que a constituição de cada família, na Terra está subordinada aos planos divinos de auxílio mútuo, de resgate e de doação amorosa.
A desencarnação faz com que os espíritos se libertem dos laços terrenos, para que possam, uma vez cumprida sua missão, reunir-se na Espiritualidade à sua verdadeira família espiritual, regozijando-se, reabastecendo-se em companhia de espíritos afins e vivendo momentos de verdadeira felicidade e paz.
É nesses momentos de refazimento espiritual que as famílias espirituais “ensaiam seus primeiros passos para a construção da imensa família universal”. Ao reverem amigos e companheiros de jornada, a quem dedicaram tanto amor, os desencarnados passam a compreender porque se sentiam tão bem a seu lado, muito mais do que junto àquele familiar ao qual estivera unido pelos laços de sangue e que o sustentou nas horas difíceis, tendo chegado até a proporcionar-lhe bons momentos!
Concluindo, a solidariedade e a afinidade triunfam no além-túmulo, prodigalizando aos espíritos vencedores e cumpridores de sua missão, a felicidade predita por Jesus: “Vinde, benditos para a vida que lhes preparei; vinde colher os frutos da vossa boa semeadura”.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 77