Por que procuras descanso, tu que nasceste para o trabalho?

Há no momento encarnados no orbe terrestre uma quantidade enorme de espíritos renitentes no mal.

Esta encarnação é praticamente compulsória, induzindo ao trabalho obrigatório e ao resgate das faltas todos os espíritos endividados diante da justiça divina.

Desta forma, vêm-se aqueles que reclamam, que se desgovernam, que se debatem e se revoltam frente às tarefas que necessitam realizar.

Sonham com fortunas em dinheiro para ser gasto na ociosidade, no lazer desregrado, com comidas e bebidas exóticas, luxo no vestir e no morar, abusando de todos os sentidos físicos.

Cegos. Tolos. Crianças diante da luz.

Que progressos fariam se tudo lhes fosse facultado, assim, tão docilmente?

Que esforços fariam se tudo lhes fosse facultado, assim, tão docilmente?

Que esforços despenderiam para conseguir um real progresso espiritual se estivessem a se balouçar indefinidamente na ilusória rede dos prazeres?

A misericórdia divina, no entanto, impede que isto suceda e convida gentilmente seus filhos a aceitarem as condições impostas por eles mesmos, na consolidação mais efetiva do aprendizado que tanto necessitam realizar.

Descanso, ora descanso.  Quanto desequilíbrio, quanta loucura, quanta tragédia tem trazido aos seus corações!

Coragem, isto sim, é o que vocês devem rogar a Deus:

Coragem para enfrentar de cabeça erguida, com luz nos olhos e bondade no coração os seus percalços diários;

Coragem para assumir, cada qual em seu posto, a tarefa que lhe cabe e realizá-la com disciplina e amor;

Coragem para se olhar no espelho e clamar a Deus: “Pai, preciso de ajuda.  Ainda tenho muito a aprender!

Sustente-me a vontade, dando-me nova força para que um dia, abençoando o trabalho que realiza, meu espírito possa alçar o mais belo voo e aninhar-se junto ao Seu Sagrado Coração, vivendo em paz e desfrutando da alegria de ter cumprido com a sua obrigação.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12