A OCASIÃO REVELA O HOMEM      

 

A ocasião não torna o homem fraco; apenas o revela tal qual é.

Criado simples e ignorante, o homem já passou por inúmeros estágios evolutivos; seu físico sofreu modificações várias até que as formas se apresentassem harmoniosas, transformando seu corpo em beleza perfeita e equipamento seguro para abrigar o espírito em evolução.

Contrariando as Leis de Deus gravadas em seu íntimo desde a criação, o homem alimentou em si o egoísmo, o orgulho, a luxúria e toda espécie de vícios físicos e morais, plasmando em seu corpo espiritual manchas peculiares à sua inferioridade.  Maculou, portanto, o seu íntimo, dando abrigo às sombras.

Encontra, na reencarnação, a bendita oportunidade para se redimir.  O esquecimento temporário das faltas cometidas é bênção divina.

O homem reúne em seu íntimo todas as condições para ser feliz e forte diante da vida, por ter sido feito à imagem e semelhança de Deus, por ser filho de Deus.  Entretanto, há ocasiões em que se apresenta como um fraco ou vencido.

Como isso se explica?

Ocorre que diante de determinadas situações o homem se desencoraja, não combate o bom combate, deixa-se levar por pensamentos e sugestões inferiores, despertando dentro de si os gigantes adormecidos, denominados egoísmo, orgulho e desespero revelando-se tal qual é. Não domina as emoções, é dominado por elas.

Isto quer dizer que vivemos nos enganando, aparentando uma coisa quando na realidade somos outra?

Às vezes sim.

Precisamos ainda aprender que estamos encarnados para conquistar virtudes e alçar voos mais altos na espiritualidade.

Entretanto para que isso ocorra é imprescindível amar a Deus e fazer a Sua vontade.

Quando a nossa vida se nos apresenta relativamente bem, aceitamos a vontade divina.  Entretanto, quando o sofrimento nos visita através da doença, da separação de entes queridos, exigimos que a nossa vontade prevaleça como prevalecia em épocas remotas, quando abatíamos o adversário sob o fio da espada.

A revolta é o gigante que despertamos aos gritos angustiantes que laceram nossa alma pela falta de fé, por vivermos em dimensão muito limitada.

É o momento em que deixamos de orar, esquecendo-nos de que a oração é a nossa alegria e a nossa fortaleza, que é pela oração que conversamos com o Pai.

Como estamos enganados quanto a nós mesmos!

Enfraquecemo-nos moral e espiritualmente antes de combater a nós mesmos pela luz do amor e da resignação raciocinada.

Se quisermos ser fortes em todas as ocasiões, empenhemo-nos em dissipar as trevas que nos cercam, fruto de nossos próprios pensamentos negativos.

Somente a luz que vem do Alto pode desfazê-las.

Aprendamos com os grandes discípulos de Jesus as inesquecíveis lições de perseverança no bem, na reconstrução de seu mundo íntimo.

Revelemo-nos como aprendizes de Jesus pelo bem que possamos praticar em nosso favor e em favor dos semelhantes em toda e qualquer ocasião.

Só assim teremos condições de dissolver as energias negativas acumuladas há milênios em nosso íntimo e que retornam à superfície quando nos desequilibramos.

Confiemos em nós, esperemos em Deus que Ele sempre esperará por nós.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12

 

 

 

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