Cultive sinceridade, aceitando-se como é e acolhendo os outros como eles são, procurando, porém, fazer sempre o melhor que estiver ao seu alcance.

Quando aconselhamos o cultivo da sinceridade, nos referimos ao propósito de que sejam honestos em seus sentimentos, naqueles que somente cada um pode demonstrar a si mesmo.

Oh Deus!  Como é difícil sermos sinceros!

Podemos enganar os outros, mas é impossível enganarmos a nós mesmos, uma vez que nossa consciência é bastante esclarecida para ignorar o que se passa em nosso coração.

Coração e consciência são inseparáveis no julgamento dos homens.

Ser sincero é nos aceitarmos como somos.  É grandioso, magnífico, mas não somos capazes para tanto, pois o homem se julga o mais perfeito dos seres terrenos.  A vaidade e a soberba o fazem ver-se como um super-homem, perfeito.

Só quando procuramos dentro de nós, em nosso âmago e com clareza de consciência, reconhecemos a nossa pequenez diante da magnitude da natureza, reconhecendo o Criador de tudo e de todos, a Sua sabedoria, poder e bondade, então seremos capazes de nos aceitarmos como somos, com todas as imperfeições, deficiências e limitações.

Todos nós estamos enfrentando estágios diversos, mas caminhando sempre para um objetivo único: o progresso, tanto material como espiritual.

Quando nos aceitarmos como somos e compreendermos o nosso valor na posição que ocupamos, estaremos crescendo, progredindo e caminhando com bons passos.

Se isto acontece conosco, também com os outros se dá, cada um em seu estágio.

Por que, então, não acolher os outros e aceitá-los como são e não como gostaríamos que fossem?

Defeitos, limitações, todos têm o direito de ter.

Vamos nos lembrar de Jesus quando disse a uma pequena multidão em praça pública: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra”.

Procurando nos aceitar e aceitar os outros sem julgamento ou desejo de transformá-los segundo as nossas normas, amando-os como são, estaremos colaborando para que eles também se sintam úteis.

Ser útil é servir para algo e este algo é a vida de cada um, com seus próprios rumos e caminhos diversos.

Procuremos dar o melhor de nós mesmos, seguindo nossa estrada, aceitando-nos com amor por nós mesmos, mas sem nos esquecermos jamais de que o nosso exemplo é o melhor que podemos deixar para os outros.

Fazer o melhor ao seu alcance em todas as ocasiões; o mais honesto, digno, sincero proceder chega ao mais longínquo, humilde e ignorante ser, como o exemplo e a luz de Jesus, que sempre nos aceitou, amou e perdoou com Sua misericórdia infinita.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 12