A INDIFERENÇA  

 

Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.

 

Saber viver é um exercício diário, onde somos testados pelas forças da vida, de forma permanente.

 

Conforme os nossos sentimentos, atitudes e crenças, estaremos contribuindo para a felicidade ou para o sofrimento daqueles que nos compartilham a estrada, no caminho do progresso comum.

 

Muitas vezes, nos sentimos distantes ou insensíveis ao meio.

 

Lutas e dores ásperas nos têm condicionado para a fuga à frente da vida, fazendo com que perambulemos pelo mundo, como criaturas quase que mumificadas, cobertas pela couraça espessa da indiferença com que nos guardamos dos outros, imaginando que, desta forma, ficaremos protegidas de tudo o que, até hoje, tem-nos lançado ao mar do medo e do sofrimento.

 

Comportamo-nos como indivíduos sem entusiasmo, sem motivação, imaginando nesse processo, que a “frustração inevitável” seria menos perturbadora, se aguardada previamente por nós.

 

No entanto, descobrimos, cedo ou tarde, que a alegria, a esperança, a fé, a caridade, o amor, e tudo mais que nos felicita o caminho, ficam também amortizados, como se uma densa surdina apagasse dentro de nossos corações todos os nobres sentimentos, que tenhamos nutrido, no início.

 

Pouco a pouco, assistimos ao aniquilamento de toda esperança e de toda perspectiva.  E tudo, até os mais belos cenários que se descortinam ante nossas vistas indolentes, passam despercebidos para nós.

 

Neste mecanismo ingrato de autodefesa e consequente dor, percebemos que nossa apatia acaba se transformando em fermento danoso, promovendo nas outras criaturas a mesma frieza e igual desânimo.

 

Esquecemos que o todo é influenciado pelo todo.

 

A tristeza gera desânimo. A indiferença, frieza. O rancor, mágoa.  E assim por diante.

 

Produzimos continuamente, semeando o solo da vida com o teor de nossas ações e crenças mais profundas, queira sejam elas conscientes ou inconscientes.

 

Debalde, somos acudidos pelos nossos guias e mentores, que nos insuflam esperança e fé.

 

No entanto, se teimamos em permanecer numa redoma de desesperança e negação, mergulhados nas energias pesadas que nos aprisionam e se assemelham a uma mata fechada, seremos impedidos de ver o horizonte de luz e as vastas potencialidades que nos aguardam à frente.

 

Nesse lugar de sombras, acabamos recebendo das entidades que se nos afeiçoam por compartilharem das mesmas distorções, toda sorte de sugestões doentias.

 

Levantemo-nos sobre nossos pés, como reza o Evangelho do Cristo, sendo livres do fermento do pessimismo crônico, compreendendo que nos encontramos no mundo na condição de semeadores.

 

Semeemos esperança, alegria, fortaleza, amor, luz e paz, a benefício de todos.

 

E estejamos convictos que isso tudo receberemos de retorno.

 

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 74

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