Bons ouvidos são, certamente, um tesouro. A Justiça Divina, porém, desejará saber como você ouve.
– André Luiz
Poder escutar as manifestações verbais do outro, os sons da natureza e os de uma cidade em movimento é uma grande bênção. É como sentir a vida pulsando dentro e fora de nós. É estabelecer uma comunicação com o outro e com a sociedade. Entretanto, o desenvolvimento moral não interfere na capacidade de ouvir. A diferença moral está na maneira como se ouve e no que se ouve.
Você pode ouvir sem dar atenção ao que o outro fala; escutar apenas o que o interessa e à maneira que o interessa; ouvir o que não foi dito e, finalmente, não escutar o que foi dito. Enfim, várias são as possibilidades.
O que diferencia o discípulo do Senhor daquele que ainda não despertou para a reforma íntima, é que o primeiro seleciona o que ouve, não perde tempo com maledicência, não dá azo a intrigas. Fecha os ouvidos aos comentários infelizes, porque sabe que, além de não influenciarem para o bem em sua vida, ainda ao dar-lhes atenção, chamará para si a tentação de passar adiante o que ouviu, cometendo um erro desnecessário.
O homem de bem também escuta de maneira a tirar conclusões boas. Procura enxergar sempre o lado bom do que ouve, de maneira a achar bom, algo que à primeira vista não era tido como tal. Isto porque ele filtra o que ouve para não se intoxicar com tolices ou acabar se ressentindo com o que descobre.
Sabe o discípulo do Senhor o valor que tem o simples gesto de ouvir o outro; seus desabafos, suas reflexões e ideias. Enquanto o homem que ainda está em aprendizagem só se preocupa em ser ouvido, em expor seus problemas. O outro para ele sempre sofre menos.
Assim, querido irmão, comece a ouvir mais, falar menos, permitindo que o outro tenha você como um amigo, capaz de ouvi-lo em suas dores e dificuldades, sem usar este conhecimento para prejudicá-lo; isto também é caridade.
Filtre o que ouve. Retenha apenas o que é bom, pois os ouvidos como todo o nosso corpo devem ser limpos, sem maldade.
Estamos no fim de uma era. Esforcemo-nos para conseguir mudar nossos valores, saber ouvir e pensar mais no outro.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 73