“Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis,
porque dos tais é o reino de Deus.”
Marcos (10;14)
Qualquer que se aproximar de Jesus com o coração puro e com nobreza de sentimentos, este será bendito e dele e o Rei no dos Céus.
Por que teria Jesus deixado esta magnífica lição?
Para que os homens se lembrassem do Seu exemplo maior de humildade. Como só um verdadeiro Mestre podia ter ensinado, em tudo o que fazia Jesus se reportava a obediência a vontade de Deus. “Faço-o em nome de meu Pai que está nos céus”.
Jesus jamais atribuiu à Sua própria pessoa qualquer uma das maravilhas que realizou.
Hoje, tal qual há dois mil anos, o orgulho do homem o impede de chegar a Deus. Em tempo algum, em circunstancia alguma admite a existência de algo superior a si mesmo, crendo que pode dominar a todos que o cercam e a tudo que o rodeia.
Na sua incredulidade malsã nomeia-se diretor de destinos, arvora-se direitos de maneira não raras vezes inescrupulosa, tripudia sobre o sofrimento alheio, não vê barreiras para a sua ambição.
Algum canto do seu coração poderia, em tais circunstancias, estar reservado para um sentimento amoroso?
Como conseguiria Jesus penetrar o íntimo de uma criatura totalmente fechada para o amor?
Por isso Ele disse: “Deixai vir a mim os pequeninos” . . .
Não importa a condição social importa a pureza de coração; não importa o grau de conhecimento adquirido importa a pureza de coração; não importam o sexo, a cor da pele, a raça, a idade, a religião professada – importa a pureza de coração.
Todo aquele que desejar se aproximar de Jesus tem que ter puro o coração; deve fitá-Lo com olhos translúcidos de inocência, sem malícia, sem maldade, sem se deter em querelas ou discussões vãs, em detalhes improdutivos que só adiarão a reflexão interior que deverá fazer sobre si mesmo. Deve, sim entregar-se irrestritamente ao amor e à bondade do Nazareno Sublime.
“Deixai vir a mim os pequeninos”. Nesta máxima Jesus escolhe aqueles que deverão compreender a Sua doce mensagem e a eles oferece, com primazia, o Reino de Deus.
Se o homem quiser conhecer a Jesus, tê-lo junto ao coração, deve desvestir-se de todo o orgulho que o cega e abrir os olhos para a imensa luz que o Mestre lhe acende.
Com toda a simplicidade e com toda a humildade, o seu coração encontrará meios para prosseguir conquistando a verdadeira e definitiva paz e, com sua bondade, poderá tornar-se o condutor de outros homens para a luz do Mestre.
Torne-se o homem pequenino, e dele será sempre o Reino de Deus.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 16