“A queixa é um vício imperceptível que distrai pessoas bem intencionadas da execução do dever justo.”
A existência humana é uma coleção de testes através dos quais a Divina Sabedoria nos observa com vistas à nossa habitação para a vida superior.
A compreensão dos problemas e as aflições que nos atingem nada mais são do que compromissos do passado que ressurgem no presente como espinheiros, retificando erros, corrigindo distonias, reforçando a nossa segurança, induzindo ao reajuste.
Tudo aquilo que nos parece provação indébita é somente resgate indispensável.
Não podemos vitalizar estes problemas e estas aflições dilatando-os pela queixa.
A queixa cria o pessimismo, espalhando amargor difundindo o lado negativo criando desânimo e tristeza, gastando indebitamente tempo precioso de produzir em favor de nós mesmos.
Dardo corrosivo produz ferida profunda no espírito, pois o queixoso aclimata-se à lamentação e emaranha-se nos cordéis da teia em que se prende, carregando sempre azedume e noite no espírito rebelde.
A queixa pode ser interpretada como insubordinação, e de nada adianta fugir ao ressarcimento da dor causada a outrem; se a tarefa não foi executada volverá hoje ou amanhã para o necessário refazimento.
A reclamação constante sobre tudo e com todos é um vício imperceptível que distrai a mente e o espírito na execução do dever justo consigo e com o próximo.
Reflita nisso e saia de você mesmo ao encontro dos outros; não resmungue, nem se queixe contra ninguém; ajuste seu espírito à disciplina que corrige e instale a boa vontade, envolvendo suas amarguras na prece e no silêncio.
Guarde na alma o compromisso com o sofrimento serenamente, arrimando-o à tolerância para com os erros do próximo e, de coração confiante em Jesus, viva com as suas lições, mantendo a consciência em paz, deixando aos outros o seu próprio dom de aprender e de viver.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 5