BEM FALAR

 

   “Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva.

Indispensável aprimorá-la, iluminá-la, enobrecê-la.”

 

 

Falar, muitas vezes, é mais fácil do que escrever.

Ao escrever, previamente pensamos, corrigimos e passamos para o papel.

Não acontece o mesmo com a palavra; quando menos esperamos, ela sai de nossos lábios e penetra nos ouvidos de alguém.

As palavras vão impregnadas da nossa personalidade, dos nossos sentimentos, de maior ou menor grau de conhecimento que possuímos.

Às vezes, são mal pronunciadas ou até truncadas, mas, mesmo assim, nos fazemos entender.

Contudo, é preciso que analisemos o que estamos sempre falando, repetindo, insistindo com as pessoas que nos cercam.

 

Será que o conteúdo de nossas palavras está alicerçado em conversação dignificante, em informações positivas, verdadeiras, esclarecedoras ou simplesmente carregam em seu bojo a desconfiança, a indiferença, a maledicência, a intriga, a desarmonia, o desajuste?

São palavras queixosas, repetitivas ou levam bom ânimo a quem as ouve?

 

Saibamos, irmãos, que as palavras podem carregar em sua esteira tanto o lenitivo como o sofrimento, a alegria e a tristeza, a caridade e o egoísmo, a humildade e o orgulho, a bondade e a maldade, tanto a vida como a morte.

 

As palavras têm uma força imensurável e, sabendo disto, cabe a nós analisá-las e nos corrigirmos.

Se quisermos ser ouvidos com amizade, amor e consideração, imperioso se torna que, ao dialogarmos, procuremos aprimorar o nosso vocabulário, a nossa dicção, tornar de fácil entendimento aquilo que estamos expondo.

Ao falar, olhemos de frente para o nosso interlocutor, prestando atenção às suas respostas, sem lhe voltarmos as costas, ou a face. Acompanhemos seu raciocínio para melhor entendê-lo.

 

 

Demonstremos o nosso interesse pelo assunto discorrido e, se não concordarmos, devemos, ao retrucar, procurar não impor nossa opinião, mas tão-somente expor o nosso ponto de vista. Nem sempre isto é possível. Não devemos insistir, mas calar.

 

Iluminemos o nosso pensamento e deixemos transparecer este estado d’alma na conversação, dando um rumo nobre e profícuo a este intercâmbio de idéias.

Lembremo-nos de que Jesus nada escreveu, tão-somente falou e exemplificou.

Os Seus discípulos falavam e, após a Sua partida, foram iluminados com o poder do conhecimento e da palavra em várias línguas, no “Dia de Pentecostes”, a partir do qual testemunharam pela palavra, pelos atos, com suas próprias vidas.

Quem elege o Divino Pastor como seu guia e modelo, tem por lei demonstrar o grau em que se encontra, e o som que sair de seus lábios ecoará somente no diapasão do Seu imenso amor.

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 5

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