“Lembra-te de que o tédio é um insulto à fraternidade humana, porque a dor e a necessidade, a tristeza e a doença, a pobreza e a morte não se acham longe de ti.”

Quantos de meus irmãos passam os dias a fitar as paredes do recesso doméstico, lastimando-se profundamente nada terem para fazer.

Gastam horas, dias, meses e até anos sem atividade que lhes traga migalha de satisfação.

A mente povoada de pensamentos vãos se solta no espaço, ficando à mercê das mais tenebrosas influências.

Que tédio! Exclamam desolados.

Que vida monótona a minha, nada tenho para fazer!

Meus queridos irmãos, é preciso ser muito insensível para não perceber o quanto os céus reclamam por mãos operosas, por braços dispostos a servir, por corações abertos ao amor.

Olhe um pouco para fora de você mesmo, do seu pequeno mundo. Ali adiante você encontrará uma família inteira esmolando. Crianças subnutridas e desagasalhadas tropeçam em suas pernas e você não percebeu ainda que elas necessitam do seu auxílio?

Estenda-lhes as mãos, ajude-as, contribua para que possam comprar alimentos com a moeda que tem esquecida no fundo do seu bolso.

Meu irmão, os hospitais estão repletos de doentes que não tem quem os visite; os orfanatos e os asilos cheios de irmãos que não têm com quem trocar uma palavra sequer.

Use os talentos que Deus lhe deu em benefício daqueles que nada têm.

Não se queixe de tédio, querido irmão, antes saia, abra os olhos, observe quanta ajuda você pode oferecer.

Creia, sua vida tomará novo rumo e seu coração sentirá uma alegria indescritível e você, finalmente, irá compreender.

Desta feita, repare se você tem sido visitado pela dor com frequência maior do que você desejaria.

Isto pode ser um forte indício de que Deus está tentando conduzi-lo para a felicidade e você ainda não havia percebido.

Conscientize-se de sua capacidade amorosa e permita que os recursos que o Pai lhe estende o reconduzam a Ele, que o espera hoje e sempre para a luz, para a paz e para a felicidade.

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 5