“A grande luta não reside no combate com o sangue e a carne, propriamente,
mas sim com as nossas disposições espirituais inferiores.”
Recém saído do mundo dos instintos, o homem começa a reconhecer a sua grandeza. Observa a sua individualidade e, por si mesmo, nota que tem um papel a cumprir. Não é um mero número, não é apenas um a mais.
Por vezes, apóia-se em doutrinas materialistas que o fazem evoluir para a ciência sem fé. Não reconhece Deus como Criador Onipotente, como Pai Amantíssimo e, num processo de autoconfiança exagerada, perde-se por caminhos que invariavelmente o levam à dor.
Quanto mais renitente se mostra em relação a sua descrença, tanto mais dificilmente conquistará a paz que almeja.
O homem é um conquistador inato. Para preservar a sua integridade e dar vazão ao seu espírito bélico, desenvolveu o egoísmo em alto grau e é à custa desse egoísmo desregrado que a humanidade tem construído as fossas mais profundas, onde se debatem infelizes de todas as classes sociais, ansiando por consolo, por carinho e compreensão.
Quando uma mão amiga se lhes é estendida, seus olhos súplices buscam um pouco de paz e é com avidez que clamam: — Ajudem-me, ajudem-me!
São eles os filhos pródigos que se afastaram de Deus e que agora a Ele retornam pedindo clemência encontrando o mesmo amor em Seu Misericordioso Coração.
O Senhor designa, então, auxiliares encarnados e desencarnados com a incumbência de se transformarem em pescadores, que trazem a esperança e o alívio para os tristes e os desesperados, envolvendo-os em amorosa rede que os levará de volta ao Pai.
Quando os homens assim consolados procuram esclarecer-se, veem que seus males lhes foram atribuídos única e exclusivamente por responsabilidade própria. Se sua conduta fosse outra, se seu modo de encarar a vida e os seus semelhantes fosse outro, o infortúnio não os teria atingido.
Procuram, então, batalhar contra as próprias ideias e atitudes, caindo e levantando, sentindo-se mais fortes a cada conquista, reconhecendo com mais facilidade que o caminho que deverá conduzi-los ao Pai está mais curto.
Amado irmão:
Se você ainda sofre agruras no mundo em que se situa, observe atentamente, veja que estrada está trilhando, que valores persegue; cuide se não está magoando os seus irmãos ao invés de ampará-los.
Inicie já a sua grande luta; pelo menos mostre vontade de reformar-se e verá quanta ajuda encontrará.
Deus deseja a sua felicidade, mas quer que você a possua por mérito próprio. Saia, portanto, de dentro de si mesmo e parta para a sua conquista. Ela está bem à sua frente. Basta abrir o seu coração para alcançá-la.
Varra para longe de você tudo o que possa fazer os outros sofrerem: a sua vaidade, o seu orgulho, a sua ambição, o seu egoísmo e, como um viajante celeste, distribua sorrisos e esperança onde quer que se encontre e tudo mais será seu, porque Deus o fez herdeiro de Sua glória para sempre.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 4