CAPRICHOS

 

“Esqueçamos os velhos caprichos do nosso “eu”, que, muitas vezes nos prendem à escuras ilusões.”

 

No afã de manifestar a sua personalidade e de erigir monumentos à sua “sabedoria”, o homem tece, para si mesmo e para tantos quantos o rodeiam, tenebrosa rede.

 

Sente-se ultrajado se não é atendido e é com ex­trema rispidez e má educação que se dirige àqueles que não cumpri­ram com os desejos formulados.

 

Pobre criatura! Como se encontra iludida! Quanta imaturidade denota o seu espírito, que, mal saído da infância, assume ares tutelares, imaginando situar-se tão acima de tudo e de todos.

 

Nada vê ao seu redor a não ser a pretensão de ter suas ordens executadas. Vai passando a torto e a direito sobre a dignidade daqueles que o cercam, tratando-os como verdadeiros escra­vos.

 

Homem, filho de Deus, chegada é a hora de compre­enderes o teu papel. Tu és, antes de mais nada, o servidor do Pai, o administrador de Seus bens e deves obediência às leis perfeitas que Ele elaborou em teu benefício.

 

Atende, pois, ao chamamento que teu Irmão Maior, Jesus, faz para acordares da tua própria ignorância e para galgares alto os degraus de evolução às custas do teu esforço, mudando a tua maneira de pensar, de agir sem exigir, compreendendo quão pequeno ainda és e como necessitas do amparo de entidades mais esclarecidas.

 

Faz com que a humildade encontre guarida no teu coração e que possas, através dela, enxergar o mundo com outros olhos. Não te espantes se neles brotarem lágrimas de vergonha. Sa­berás em um instante quão tolo tu eras, o quanto necessitas ainda crescer e o quanto estavas iludido.

 

Hoje, no entanto, conheceste a verdade libertado­ra e a chave da perene felicidade ao concluíres que servir é o cami­nho que deves tomar sem nada exigir, a não ser de ti mesmo, para que sejas o filho bendito que retorna ao coração do Pai.

 

 

Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 4

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