Os flagelos destruidores modificam muitas vezes o estado de uma região;
mas o bem que deles resulta só é geralmente sentido pelas gerações futuras.
– Lei de Destruição
Ante a força devastadora da destruição, sentimento de terrível pesar invade os corações dos homens. Uma profunda dor unida à insegurança atormenta as criaturas, que se imaginam desprotegidas e desamparadas.
Ante as forças da Natureza que imprimem em tudo o caos e a destruição, sentimo-nos pequenos, muitas vezes despreparados e abandonados pelas forças superiores.
A descrença, o pavor, a desolação e o medo se fazem sentir em toda a parte.
Superados os primeiros momentos de angústia e perplexidade, somos compelidos a prestar solidariedade e socorro àqueles que ficaram.
Campanhas de assistência, doações de alimentos, e tudo quanto se faça necessário nessas horas difíceis, são acionadas.
Transcorrido mais um tempo, vemos o reajuste da paisagem, acompanhando a aceitação das criaturas.
A Natureza se organiza aos poucos e os seres entram no ritmo da vida, sem, porém, se esquecerem dos amados que se foram.
A vegetação voltando, as águas recuando e os homens retomando o curso natural da vida.
Aprendemos nessa hora que o tempo, mensageiro de renascimentos, apazigua os corações tanto quanto as paisagens, ensinando-nos o propósito das leis da Natureza, muitas vezes incompreensíveis para nós.
Essas leis representam a beleza da vida, sempre a se renovar, sempre a se movimentar.
Circunstâncias dolorosas promovem o nosso crescimento, como humanidade que somos. A fúria dos elementos nos compele a refletir a respeito da nossa parcela de responsabilidade no mecanismo ecológico do globo que, impunemente, imaginamos não fazer parte de nossa influência.
Profundas e grandes modificações se processam por meio desses flagelos destruidores, espirituais e materiais.
Nessas horas convém ficarmos convictos de que não estamos sozinhos em momento algum. Que tudo tem um motivo maior de ser, e que a vida é um eterno e incessante movimento, no ir e vir das gerações que se renovam e das paisagens que se modificam.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 62