Se o homem tivesse considerado o uso dos bens da terra somente pela
utilidade que eles têm, sua indiferença poderia comprometer a harmonia do Universo.
– Lei de Conservação
Os atrativos que os bens materiais exercem sobre o homem são muito fortes, e o incitam a usá-los com cada vez maior empenho.
Se fossem considerados apenas pela sua utilidade, quantos não abandonariam a luta, aguardando que outros fizessem o trabalho pesado que lhes competiria dentro da ordem universal.
Assim, o campo ver-se-ia frustrado das mãos operosas que iriam abrir-lhe as possibilidades de sustentar maior numero de pessoas;
a indústria careceria de recursos que a fizessem produzir implementos para melhorar todo o sistema empreendedor;
o comércio permaneceria estagnado, sustentando-se apenas com os produtos básicos, que quase nada renderiam aos bolsos de seus trabalhadores.
Mas, ao contrário, os bens da terra excitam o homem no seu desejo de possuir, excitam a sua cobiça.
Quando na medida certa, o desejo de melhorar as suas condições de vida é de inestimável valor para o desenvolvimento da criatividade e da força motriz que fará a criatura atingir os alvos a que se propôs.
A procura de melhores salários a transforma numa investidora de si mesma, uma vez que, para ganhar mais, é preciso que trabalhe melhor; e capacitar-se para o trabalho é uma das prerrogativas de quem deseja ascensão social.
Assim, meus irmãos, a harmonia da Terra e, porque não dizer, do Universo mantém-se com a troca de experiências e de produtos oriundos da atuação da capacidade de cada um, enriquecendo o todo.
Habilitemo-nos para haurir da terra o que ela nos oferece de melhor; porém, não nos esqueçamos de que somos muitos irmãos e de que todos, indistintamente, necessitamos do essencial para a nossa sobrevivência.
Desta forma, atuemos com equilíbrio e, sempre que pudermos, repartamos com os nossos semelhantes aquilo que para nós não passa de supérfluo.
Sejamos generosos, lembrando-nos de que a vida sempre retribui ao cêntuplo tudo o que pudermos distribuir.
Melhor será se o fizermos com muito amor.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 62