O meritório é resistir à tentação que nos convida aos
excessos e ao gozo das coisas inúteis. – Lei de Conservação
Mergulhados na matéria, muitas vezes somos atraídos para o lado perverso de nós mesmos.
Cegos ou semi-cegos ao valor dos laços espirituais superiores, somos vítimas de nossas próprias escolhas inconseqüentes, perdendo-nos no emaranhado das coisas inúteis, subjugados pelo orgulho e por toda sorte de envolvimento com as energias inferiores.
Sem dúvida, encontramo-nos a caminho, ainda distantes da plena unidade consciencial capaz de sublimar todas as nossas ações com o selo luminoso do Cristo e da Sua doutrina de luz.
Trabalhamos para alcançar este patamar de crescimento e de benções com esforço e empenho. Contudo, quando menos esperamos, aí vem, sorrateira, a tentação.
No ponto exato em que nos acreditávamos imunes à sua influência, sistematicamente a malvada nos pega, quase sempre no mesmo ponto, no mesmo obstáculo, no mesmo deslize, fazendo-nos tropeçar, mais uma vez, na pedra que parece colocada propositalmente em nosso caminho.
E aí nos recordamos quantas e quantas vezes nos encontramos no mesmo ponto, sem coragem ou determinação suficiente para atravessarmos a persistente barreira, que não nos permite ir além desse ponto exato.
Não raro nos perdemos em reclamações descabidas, imaginando que a tentação só poderia vir de fora; alegamos que a carne é fraca; o companheiro, indiferente; a companheira, desatenta e insensível. E assim, descortinando um rosário de justificativas para nossas ações inadequadas, nos perdemos no meio do caminho.
É aquele companheiro que justifica seu ato de traição alegando incompreensões, incompatibilidades, pressões no trabalho e assim por diante; é a companheira que deserta do lar, refugiando-se em ilusões perigosas, afirmando que sua vida tem se desenrolado por caminhos contrários às suas expectativas juvenis.
A busca do gozo, do prazer, dos divertimentos prejudiciais passa a significar uma ação quase que justificável para muitos. E as alegações são muitas e variadas.
Perde-se a capacidade de amar e de sentir de verdade, de compreender aqueles princípios da vida que nos colocam a caminho da procura de uma realidade mais digna e verdadeira.
Não nos encontramos no mundo em excursão de prazeres fáceis. No entanto, para criarmos laços sublimes de amor a nossa volta, partindo grilhões cármicos com a força do mérito e das ações nobres, é necessário resistir tenazmente às más inclinações que nos acompanham há muito, desatando os laços de sombras por meio de uma consciência limpa e de um coração misericordioso, purificado nas energias de Jesus.
Aproveitemos a oportunidade de redenção íntima, sendo fieis à nossa centelha de luz.
Trabalhemos com coragem, perdoando e amando a todos, principalmente a nós mesmos.
Vigiemos os nossos sentimentos e crenças, nossos instintos e variadas inclinações, para que o mal não nos invada o coração, inabilitando-nos para toda boa obra.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia “Paulo de Tarso” – Pasta 62