“É cristão recusar a prece pelos réprobos?”
(E.S.E. – Cap. XXVII)
Estamos no planeta Terra para nos melhorarmos, tanto no nível intelectual quanto no moral. Não podemos desenvolver apenas um lado, mas os dois de maneira equilibrada. Com a inteligência aprimorada podemos entender o outro cada vez melhor, suas reações e o porquê delas. A inteligência propicia o avanço científico, com melhorias no conforto, na saúde e no lazer.
Mas, não é só o raciocínio que deve ser melhorado. O coração, os sentimentos precisam ser aprimorados cada vez mais no sentido de extirparmos o ódio, os preconceitos, o orgulho e a luxúria. O progresso moral e intelectual são como as asas do anjo; ninguém voa somente com uma delas, as duas proporcionam o equilíbrio.
Dentro desta concepção de desenvolvermos cérebro e coração, surge um ponto interessante para se refletir: o que fazer com os maus? Nesta época de violência explícita e exagerada, com requintes de perversidade, como conviver com os maus?
Jesus à beira da morte, disse: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”. Só se escolhe o caminho do mal por ignorância, por desconhecimento do bem. O bem traz paz, tranquilidade, felicidade. Todos queremos ter paz, sermos tranquilos e felizes, porém, infelizmente costumamos procurar essas virtudes em lugares onde elas não brotam, e então nos tornamos criaturas infelizes.
Não podemos ter outro sentimento pelos maus, que não seja o perdão; a prece sempre é bem-vinda e não possui nenhuma contraindicação.
Nunca devemos deixar de orar, pois a prece sempre chegará à vítima. Não nos compete avaliar até que ponto ela tocará o seu coração, pois isso diz respeito ao outro, seu merecimento, suas vibrações.
Uma prece, um bom pensamento dirigido a alguém jamais serão desperdiçados; sempre chegarão ao alvo e serão absorvidos na medida em que a própria pessoa desejar.
Fazer o bem é orar e perdoar os maus. Não há desenvolvimento sem que exista o perdão. Não há como ser cristão sem a prece. O perdão e a prece são fatores fundamentais à evolução do ser humano.
Instituição Beneficente “A Luz Divina”
Grupo de Psicografia Paulo de Tarso – Pasta 52